A fotocoagulação a laser é um procedimento realizado para tratar doenças que afetam os vasos sanguíneos do olho, localizados na retina. O objetivo principal é impedir a progressão das patologias e preservar a visão.
Entre as doenças que podem ser tratadas estão, por exemplo:
- Retinopatia diabética: quando o diabetes está descontrolado ocorre a proliferação de vasos sanguíneos anômalos na retina. Esse estágio da doença é conhecido por retinopatia diabética proliferativa. Como os vasos ficam mais finos e fracos, quando sangram provocam prejuízo irreversível à visão;
- Oclusão da veia da retina: com a obstrução de uma das veias dessa membrana, ocorre, por consequência, a falta de oxigenação na periferia da retina;
- Glaucoma: é o aumento da pressão intraocular em níveis que podem lesionar o nervo óptico, que conduz o estímulo luminoso captado na retina até o cérebro.
Como a fotocoagulação a laser é feita?
O laser, quando aplicado ao epitélio pigmentar da retina, é convertido em energia térmica. Na área de aplicação, a temperatura pode ultrapassar os 65ºC. O calor induz a abrasão do tecido e instaura um processo de coagulação seguido de cicatrização.
O procedimento é simples e rápido, com duração média de 10 minutos. É realizado em ambiente ambulatorial e não necessidade de preparo prévio ou jejum. No entanto, como a pupila deverá ser dilatada, o paciente deve estar com acompanhante no dia da cirurgia.
Como é realizado após anestesia, que normalmente ocorre com aplicação de colírio, o paciente não sente dor. Em alguns casos, mais raros, pode ser necessária a infusão de anestésicos de Lidocaína em áreas específicas do globo ocular.
Riscos e efeitos colaterais
Assim como qualquer procedimento cirúrgico, embora seguro, podem existir riscos e efeitos colaterais. No caso da fotocoagulação podem ser:
- Visão turva transitória;
- Opacificação da córnea;
- Fotocoagulação do centro da retina;
- Edema macular;
- Hemorragia vítrea;
- Alterações na visualização de cores;
- Defeitos de campo visual;
- Prejuízo da visão noturna.